Parabéns aos nossos bikers Serginho, Gi, Ricardo e Speed... pelo excelente desempenho na Claro Brasilia.
Gi - 3º Lugar - Open Feminino
Ricardo - 12º lugar - Open Masculino 35
Serginho - 18º lugar - Open Masculino 35
Registro da viagem a Brasilia, 11/09/10 por Gi G
Tudo começou meio esquisito... Na sexta-feira, quando fui retirar os kits, tive a informação de que a única data para retirada deles tinha sido na quinta-feira (09/09). Tudo bem, peguemos no sábado então lá em Brasília... Tinha uma informação de que o kit poderia ser retirado até as 17h do sábado. Então, comecei a correria para deixar a bike no Ricardo, já que íamos desmontá-las.
No sábado, acordei cedo com a memória do meu sonho: Serginho se atrasava e perdíamos o vôo. Liguei pra ele as 7h30 da manhã e disse: Sé, sonhei que perdíamos o vôo por sua causa, então mexa-se. Ele zombou de mim e disse: “Seu sonho não vai se concretizar. Ricardo disse que não iríamos mais desmontar as bikes, pois ficou sabendo de pessoas que estavam embarcando sem nem mesmo embalar, então, relaxa que temos tempo.”
Ligava para o Serginho de meia em meia hora. Até que as 11 horas ele me ligou dizendo que estava saindo da casa dele. Ia passar no meu escritório pra pegar o suporte da bike e vir me buscar. Tínhamos que chegar no aeroporto as 12 horas. O Serginho pegou um engarrafamento animal e chegou pra me pegar as 12h23. Ricardo já estava nos esperando lá em cima na Av. Ibirapuera com as bikes. Como não dava tempo de colocar o suporte pra encaixarmos as 3 bikes, o Ricardo foi pedalando até o aeroporto, de calça jeans, camiseta e tênis. Eu e o Serginho fomos de carro. Largamos o carro no estacionamento do aeroporto e saímos desvairados. Ele com as duas bikes e a mochila do Ricardo e eu com as 2 malas (minha e dele), o suporte da bike e o saco de plástico bolha, que não serviu pra nada a viagem inteira, além de perturbar. Entramos no saguão do aeroporto e fomos correndo para o embarque e claro, mandaram-nos voltar, pois não se embarca sem check-in. Descemos as escadas e fomos correndo (literalmente) até o check-in da Tam que, por ironia do destino era a última rss. Chegamos lá, encontramos o Ricardo terminando de fazer o seu, então fomos até ele, entregamos nossos documentos à atendente, quando, no minuto seguinte ouvimos: “Encerrado o check-in para o vôo 3708 com destino a Brasilia”. Neste momento, nos olhamos e sentimos uma mistura de alívio com desespero kkkkk. Fizemos o check-in, entregamos nossas bikes intactas, sem deixar de dizer que a Tam foi muito cuidadosa com nossas magrelas, então subimos correndo até o embarque.
Chegamos em Brasília as 15h30 e ficamos aguardando o cara da locadora onde alugamos a Doblô. Ele chegou as 16h15 e tínhamos que ir na concessionária da Mitsubishi na Candangolândia pra buscar os kits que, era até as 17 horas (conforme informações da Claro). Ele foi super prestativo e disse que nos levaria até lá. Chegamos por volta das 16h45 e claro, já haviam encerrado com as entregas as 15 horas. Então, teríamos que pega-los até as 7h do dia da prova. Pensamos: será a primeira vez que chegaremos cedo numa prova rsss. Fomos para o hotel, encontramos 2 amigos do Ricardo. Carlinhos e Rubão, muito gente boa por sinal. Depois, fomos buscar um outro amigo do Ricardo, Carlão, 2 metros de altura. Estávamos em 6 na Doblo e o Carlinhos (1,5m) foi parar no banquinho do porta-malas hehehe. Fomos almoçar/jantar (quase 19horas), num shopping (Park Shopping). Depois, hotel, banho, cama.
Acordamos as 5h do domingo. Café até as 6h20, bikes no carro rumo a prova, lembrando que a entrega do kit era até as 7h. Claro que como nada tinha sido fácil até então, nos perdemos para chegar no local da prova. Chegamos lá as 7h15, Serginho desceu voando do carro pra pegar os kits. Neste momento, o Ricardo foi dar ré no carro pra estacionar e não viu que tinha um outro atrás. Bateu! Na hora a única coisa que eu pensei foi: Minha bike! Era a primeira. Demorei alguns segundos pra descer do carro, tentando imaginar o que teria acontecido com ela. Desci. Tirei a bike do suporte. Aparentemente nada de errado. Olhei o câmbio, o quadro e nada. Carlinhos disse: Dá uma volta com ela pra ver como está. Quando subi na bike, a roda dianteira torta. Parecia que estava sambando o samba do crioulo doido. Serginho disse: Gi, não tem como vc pedalar com a roda desse jeito. Enquanto pensávamos no que fazer, fui colocar o chip no garfo, quando, vejo uma fissura que me gelou a alma. Mostrei pro Serginho. Ele olhou, e não falou nada. Então o Ricardo e o Carlinhos correram na tenda da Shimano pra ver se dava pra fazer alguma coisa. Os caras nem queriam mexer. O Japa/americano disse pro Ricardo: “No, No, garfo assim, no correr”. Fiquei lá na tenda esperando alguém me ajudar e nada. Aí o Ricardo foi lá, pegou a bike, regulou os aros, passou uma fita no garfo e disse: Bora pedalar! Eu, a essa altura já nem pensava mais. Fiquei desanimada, mas, queria muito pedalar. Os meninos pegaram minha bike, colocaram na largada junto com as deles e resolvi ir até onde achava que desse. Sei que foi loucura pedalar com o garfo trincado, mas, algo em mim não me deixava desistir e, ao mesmo tempo, tive a confiança de que nada aconteceria.
Largamos. 5 voltas de 18km cada. Asfalto bom. Muito vento, subidas longas mas não tão íngremes. Consegui me encaixar num pelote. Revezava com um tiozinho. O resto só chupando roda. Tudo bem até a 4ª. Volta. Quando fomos pra 5ª volta, uns 5 chupa-roda sumiram na frente, outros 4 morreram e me vi sozinha com o tiozinho. Ele estava morto. Falei pra ele ficar na minha roda. Ele ficou até os últimos 4km. Depois eu arranquei e falei. É agora. Falta pouco. Passei muita gente ainda. Quando faltava 1km, na última curva até a chegada, avistei um pelotão vindo acelerado, umas 20 pessoas. Toda a força que não tinha mais eu coloquei nas pernas pra tentar não ser alcançada por eles. Mas, pelo menos uns 5 me passaram. Desses 5, 2 meninas, mas, não eram da minha categoria. Menos mal. Fiquei com aquilo na cabeça. Tenho que ir num pelote que vai junto do início a fim. Da próxima, tenho que pensar nisso. Não teria me desgastado tanto na última volta de tivesse num pelote firme.
90km, fechei em 2h50. Ricardo e Serginho foram super bem. Não sei o tempo deles, mas o Ricardo ficou em 12º, e o Serginho em 16º. Não sei o tempo e a colocação do Luis Speed.
Acham que acabou? Não. Voltamos correndo pro hotel, banho- McDonald’s- locadora. Ficamos preocupados de eles perceberem uma raladinha no pára-choque da Doblo. Mas, ele não viu. Pegou o carro e nos levou até o aeroporto. Quando tiramos o suporte do carros, vimos um buraco na lataria, devido a batida. Tentamos disfarçar. O cara agradeceu, entrou no carro e foi. De repente ele parou. Desceu do carro e voltou correndo em nossa direção dizendo: Esqueceram o boné no carro. Ufa, pensamos. Daí ele solta: Ó, tem um amassado lá no carro, heim? Tenho o cadastro de vocês e vamos ligar. Só nos restou dizer: Ok. O que é mais um peido pra quem tá cagado? Bike, carro da locadora, carro do ciclista que batemos, o que mais faltava acontecer? Que pergunta fora de hora. Estávamos embarcando quando o Serginho solta: Minha câmera fotográfica ficou na Doblô!!!! Puta que o pariu. Tá parecendo mais a história do Josef Climber, conhecem? Ligamos correndo pra locadora, o cara confirmou que estava lá. Mas, não tínhamos como esperar, pois o embarque estava se encerrando. Como que por milagre, vimos o Carlinhos e o Rubão que estavam aguardando o vôo deles que ia sair as 18horas, então, pedimos pra ele entregar a câmera para os meninos, e assim embarcamos.
Chegamos são e salvos e claro, como não podia deixar de ser, acabamos perdendo o carro de Serginho no estacionamento do aeroporto, mas, isso foi só o Grand Finale.
Sei que tá longo, mas, foram tantos acontecimentos que não tinha como deixar de contar com detalhes. Esperam que se divirtam lendo, pois agora, estou me divertindo muito rss.
Beijos
Gi
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